Caos aéreo. Eu fui vítima!

Pois é. Já tinha sido vítima do caos aéreo no início da crise. Depois de algum tempo sem precisar viajar, estes últimos dias tive que ir à Vitória no Espírito Santo. Meu calvário começou na saída de Curitiba. Fui embarcar e meu vôo tinha sido suspenso. Não era nem cancelado, era suspenso. Ele deixou de existir. E ninguém me avisou. A cia aérea disse que tinha tentado contato comigo, mas eu não respondi. Como de costume a culpa é sempre do cliente.

Me alocaram em um vôo 5 horas mais tarde. Com isso acabei desmarcando a reunião que eu teria no mesmo dia. Depois descobri que poderia exigir que a cia aérea endossasse meu bilhete para viajar por outra cia no próximo vôo. Claro que ninguém da Gol me disse isso. Fui descobrir tarde. Pesquisando um pouco achei uma cartilha do Procon que explica os direitos do consumidor em caso de atraso ou cancelamento de vôos.

Além disso fiz uma reclamação na ANAC. Lá me disseram que irão abrir um processo administrativo e em torno de 40 dias terão uma posição sobre o caso. Eu acho importante exigir os nossos direitos, pois só somos ouvidos quando atingimos a parte mais sensível das empresas, o bolso. Isso com raras exceções.

Na volta eu teria que fazer uma escala de 2 horas no Rio de Janeiro. Como estava louco para chegar e tinha um monte de problemas para resolver tentei adiantar a conexão no Rio. A primeira pessoa que me atendeu foi grossa e disse que a minha passagem tinha restrições e ela nada poderia fazer. Falei então com o supervisor da Gol e expliquei minha situação. Ele foi super educado, abriu uma exceção e me colocou no próximo vôo para Curitiba.

Agora você me pergunta porque eu contei esta estória toda? Só para dizer que a empresa é o reflexo dos seus funcionários. A Gol me causou um problemão ao suspender o meu vôo de ida, mas felizmente eu encontrei uma pessoa disposta a tentar reparar o erro deles na volta. Eu poderia estar muito frustrado e com raiva da empresa, mas graças ao supervisor que eu encontrei no Rio de Janeiro ele, conscientemente ou não, se preocupou em tentar resolver o problema que um dos seus clientes passara.

As empresas não são perfeitas. A grande diferença entre elas é que algumas não admitem que erram e colocam todo ônus nas costas do cliente. As empresas Purple Cow são aquelas que quando erram assumem o ônus da culpa e fazem de tudo para reparar o erro. E sim, apesar dos pesares, eu continuarei voando pela Gol.

Be wise.

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Comments

  1. Já aconteceu algo parecido comigo, mas se tratando de outro tipo de serviço. No caso, um funcionário conseguiu resgatar a imagem da empresa, que já estava atingindo o fundo do poço.

    Aproveitando, obrigado pelo link para o manual do procon.

    []’s

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