Como funciona o mercado FOREX e qual a sua história?
Sistema Monetário Internacional
O sistema monetário internacional definido em julho de 1944, na Conferência realizada na cidade americana de Bretton Woods criou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. A primeira instituição foi pensada para monitorar as políticas econômicas dos países membros e ajudar na tarefa de manter os balanços de pagamentos equilibrados, ou seja, sem déficits persistentes, e a segunda, na reconstrução das economias destruídas pela guerra e as antigas colônias fornecendo empréstimos de longo prazo.
Entre 1870 e a I Guerra Mundial, o padrão-ouro havia sido o arranjo monetário internacional predominante. As moedas das principais nações estavam atreladas à quantidade de ouro existente nas economias. A lógica do sistema se apoiava nos mecanismos de correção automático dos desequilíbrios no balanço de pagamentos e impunha disciplina à política monetária garantindo baixas taxas de inflação. Foi uma fase de intensa estabilidade e abertura com crescimento do comércio internacional.
Com a I Guerra, os países foram levados a romper com o padrão-ouro para financiar o esforço de guerra. Apesar de tentativas de restabelecê-lo nos anos 20, ao final da década, o sistema entrava novamente em colapso. O mecanismo que assegurava o ajuste do balanço de pagamentos não funcionava mais. A Guerra acabou com o compromisso existente entre os governos no período anterior.
Na fase do padrão-ouro, os governos garantiam a conversão da moeda doméstica em ouro e havia liberdade para a exportação e importação de ouro entre os países. As proibições às exportações de ouro levaram à criação de barreiras ao comércio e deflação nas economias industrializadas.
A grande instabilidade do período entre guerras inspirou a construção de um sistema acordado entre os países, o sistema de Bretton Woods. Foi estabelecido um sistema de taxas de câmbio fixo, mas ajustável de até 10%, onde todas as moedas mantinham uma paridade fixa ao dólar americano, e o dólar americano tinha um valor invariável em relação ao ouro. No entanto, o arranjo demorou a entrar em pleno funcionamento, uma vez que vários países adiaram a introdução da conversibilidade da moeda.
Os controles de capital eram permitidos, no entanto, as restrições cambiais e as transações correntes deveriam ser eliminadas o mais breve possível. Os Estados Unidos e o Canadá estabeleceram a conversibilidade em 1945, os países europeus só o fizeram em 1958. A partir de então os mercados de moeda começam a operar com conversibilidade para fins de transações em contas correntes, e tornou-se mais difícil impor controles sobre os movimento de dólares. Assim os mercados financeiros aumentaram seu grau de integração e os movimentos de reservas internacionais se tornaram mais voláteis. As pressões inflacionárias e o aumento nos fluxos de capital pressionavam para que o dólar fosse desvalorizado no início da década de 70.
Em 1971, o dólar americano deixou de ser conversível em ouro. O fim do arranjo monetário internacional estabelecido em Bretton Woods ocorreu em 1973 com a adoção de taxas de câmbio flutuante por parte dos países industriais. Os artigos do FMI foram adaptados para incluir o novo sistema de câmbio flutuante. Neste caso, os países deveriam intervir apenas para reduzir a volatilidade nas taxas de câmbio.
O arranjo monetário internacional de taxas de câmbio flutuante significou uma grande ampliação do mercado de capitais internacional. Ao longo das décadas de 80 e 90, a desregulamentação e as inovações financeiras junto com a redução dos controles sobre os movimentos de capitais expandiram significativamente o mercado de moedas com a inclusão dos países em desenvolvimento.
Negociando Moedas
No início da década de 90, o presidente Norte Americano da ocasião Sr.George Bush congelou as reservas do Iraque fazendo pressão contrária à política ditatorial de Saddan Hussen. Com 2/3 de suas reservas em dólares congeladas dentro do território dos EUA, o Iraque, maior fornecedor de Petróleo do mundo, frágil de liquidez, convida formalmente os países Europeus a comprarem seu produto em moeda própria, mesmo que ele próprio bancasse alguns necessários prejuízos financeiros de conversão. E assim ocorreu. Este fato foi considerado por muitos historiadores como o maior passo contrário à soberania das negociações comerciais da moeda norte-americana.
Na segunda metade da década de 90, o Iraque já dispunha de uma boa soma de suas reservas em moedas Européias. A troca pela moeda Euro foi o ajuntamento da “fome com a vontade de comer” dos mercados de divisas. O ambiente estava pronto! Esta prática junto com a queda do padrão-ouro no passado, acelerou a ocorrência da natural paridade (preço) entre as moedas. A adesão de outros países Europeus ao bloco de vanguarda do continente reforçou ainda mais a moeda Euro e a necessidade de um grande mercado.
O FOREX – Foreign Exchange ou simplesmente fx, faz com que este seja o maior e mais atrativo mercado do mundo para negociação eletrônica. Seu giro diário permeia a marca um pouco superior a U$D 2,0 trilhões, sendo sua alavancagem superior a qualquer bolsa de futuros do mundo. Conforme fontes de sites Americanos, o mercado de Forex é maior de 5 a 7 vezes o volume financeiro da NYSE e CME juntas.
Principais Localidades que Operam o Forex
O Forex é um mercado que opera diretamente entre duas partes sem intermediários, o que na área financeira internacional chamam de “OTC market” ou (Over-The-Counter), não existe uma central de trocas ou banco central. O maior mercado geográfico central é o Reino Unido (UK), primariamente Londres, que, de acordo com o IFSL (International Financial Services, London), estima-se que sua participação nas transações globais cresceram de 31,3% em Abril de 2004 para 32,4% em Abril de 2006. Outros grandes centros mundiais incluem os Estados Unidos (US) com 18,2% de participação, o Japão com 7,6% e Singapura com 5,7% (ver gráfico abaixo). A maioria restante encontram-se operando na Alemanha, Suiça, Austrália, Canada, França e Hong Kong.
As operações no mercado Forex cresceram 37% entre Abril de 2005 e Abril de 2006 e duplicou desde 2001. Isto é totalmente devido ao crescimento da importância do Forex como uma classe de ativo e ao crescimento do gerenciamento destes fundos, particularmente os fundos de divisa e os fundos de pensão. A diversidade de plataformas de gerenciamento através da internet também é um fator que contribuiu para este crescimento visto que estas plataformas tornam a análise técnica através de gráficos e cotações em tempo real muito mais fáceis.
Tenho uma grande interrogação, sem resposta até hoje, apesar de várias pesquisas, quanto aos gráficos disponibilizados para as análises e realização de operações de compra ou venda. Qual é a origem(Local e Responsáveis) pelas cotações dos pares de moedas utilizados para a elaboração INSTANTÂNEA(??) dos gráficos(Estes tem a mesma origem que as cotações??) utilizados na operacionalização do FOREX. Agradeço muito se o GrupoForex puder esclarecer esta curiosidade.