Em Bu$ca do Primeiro Milhão

Já comentei sobre isso antes e quero falar sobre isso novamente. Paradigmas, sempre eles! É impressionante como as pessoas são aversas à mudança. Elas criam a imagem de algo na cabeça e aceitam isso como verdade absoluta. De tempos em tempos é preciso rever seus conceitos. Dois exemplos que aconteceram comigo ontem durante o dia.

1. Estava conversando com um funcionário de um amigo meu. Pessoa instruída e com grau superior. Ele me perguntou o que eu estava fazendo da vida e eu respondi que estava abrindo uma nova empresa e que no momento estava aprendendo sobre o mercado de ações. Foi quando ele me interrompeu dizendo para eu tomar cuidado, pois isso era muito perigoso. Aí perguntei se ele conhecia algo sobre o mercado de ações e ele me disse que não.
2. Ontem fui a um concerto clássico onde executaram a nona sinfonia de Beethoven, uma das minha preferidas. Tive que ir sozinho, pois todas as pessoas que eu convidei me respondiam que isso era muito chato. Ou pior, que isso era coisa de velho. Ai eu sempre fazia questão de perguntar se elas já tinham visto uma sinfônica ao vivo. É obvio que a resposta era não.

Apesar de diferentes as duas estórias tem um ponto em comum. Ambos assuntos são estereotipados. As pessoas criam conceitos sobre as coisas e passam a aceitar estes conceitos como verdades absolutas.

Sim, o mercado de ações é volátil (estou sentindo isso na pele, e no bolso, nesse momento), mas isso não é impedimento para que eu não arrisque. Pelo contrário, para mim isso é uma vantagem. 😉

Sobre a música clássica gosto de usar uma citação do maestro Júlio Medaglia que é mais ou menos assim: “Quem disse que música clássica é coisa de rico e rap é coisa de pobre?” E ele está totalmente correto. Gosto de música clássica como gosto de rap, pop, axé, samba, choro. Enfim, o importante é conhecer todos os ritmos e escutar os virtuosos de cada área.

Quebrar paradigmas no que toca o seu gosto musical ou a sua aversão à riscos é importante para a sua vida. Com certeza isso vai fazer de você uma pessoa melhor. No mínimo uma pessoa com uma cultura mais vasta, no caso da música. Só por este motivo já vale quebrar seus paradigmas. Pode apostar que os paradigmas serão um assunto recorrente neste blog, pois eu acredito que eles são uma das grandes barreiras que atrapalham nossa vida.

Em tempo, se você assiste Fórmula 1 com certeza você escuta a nona sinfonia pelo menos uma dúzia de vezes por ano. A música que toca no encerramento da transmissão quando os vencedores estão comemorando é o final do quarto movimento da sinfonia. Isso quando a Globo não corta antes para faturar mais 30 segundos de comercial.

Be wise.